Conclusão do museu

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Organização do museu

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Organização do museu - seleção por tipologia

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Organização do museu - situação encontrada

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Organização do museu - situação encontrada

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Reorganização do museu dos Ex-Votos

Neste mês de agosto realizo uma missão especial que me foi confiada por Frei João Costa, Prior do Carmelo de São Cristóvão. Reorganizar o Museu dos Ex-votos que ficava localizado no Claustro da Ordem Terceira do Carmo, ao lado da Capela que é dedicada a Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores que esta em fase final de restauração pelo IPHAN. Durante a festa de Sr dos Passos que acontece na ultima semana da quaresma, a cidade se transforma, uma multidão de romeiros vem de todos os lugares do Estado: são ambulantes, vendedores, penitentes que se somam aos moradores. ”São esses fieis que deixam, num espaço reservado da igreja, uma perna de gesso, uma velha muleta, como oferendas de reconhecimento por um mal que foi embora. São eles que guardam, entre o suor do cansaço e os quilômetros percorridos, o verdadeiro conhecimento dos caminhos que levam os homens de fé a simplicidade do belo,” assim diz Cleomar Brandi, jornalista em apresentação ao trabalho iconográfico de Marcio Jose Garcez em 2006, sobre a festa de Senhor dos Passos. Meu trabalho consiste em catalogar, fotografar, organizar por materiais e tipos, os chamados “ex-votos,” sob a orientação do IPHAN, dando uma nova ordenação às peças. Neste processo de ordenação uma etapa inicial consiste em separar as peças antropofomorfas, separando pés, cabeças, braços, vísceras, etc além de separá-las por material, como: madeira, argila, gesso, parafina, pedra, etc. As peças de madeira estão sendo detetizadas, e as mais antigas em madeira serão restauradas. Neste momento estudamos as formas dos expositores e a iluminação adequada. É um trabalho extenso, delicado e tem exigido nossa dedicação, empenho, nosso vigor, contamos na equipe com um Carpinteiro e Entalhador, com os Noviços Farias e Janicio, e mais três ajudantes, alem da supervisão técnica de uma Arquiteta do IPHAN e da própria Coordenadora do Patrimônio.

Ex- voto suscepto é um objeto piedoso comemorativo do cumprimento da promessa e uma forma de agradecimento à divindade a graça alcançada. Estes Ex-Votos são frutos da devoção popular ao Senhor dos Passos, rito secular que ocorre na Capela da Ordem Terceira do Carmo em São Cristóvão - SE.

Texto: Louis Lavelle

É preciso que cada ser aja no mundo como se tivesse consciência de ter sido escolhido para uma tarefa que é o único que pode cumprir.A partir do momento em que ela a descobre e começa a consagrar-se a ela, lhe parece que Deus está com ele e vela por ele. Está pleno de confiança e alegria, perde o sentimento de estar abandonado e é libertado de toda dúvida e angústia, está unido a obra da criação. Todos os seus pecados são perdoados. Ele não tem mais passado e renasce a cada manhã. Vive no encantamento, fraco e pecador como é, de ter sido convocado a uma ação que ultrapassa e para a qual ele recebe sempre novas forças e experimenta sempre um novo cuidado. Tal é o mistério da vocação que produz no indivíduo, a partir do momento em que ele a percebe uma emoção incomparável: aquela de não estar mais perdido no universo, mas de ocupar nele um lugar de eleição, de ser sustentado por ele e de sustentá-lo e de descobrir sempre um acordo entre suas próprias necessidades e o socorro que ele não pára de receber, entre o que ele deseja ou o que ele espera e a revelação que lhe é feita. Postagem do comentário de Clebson e Horacio

Seguimento a Jesus Cristo

Eremitério - Solário de Maria

Antes:

Depois

O Eremitério esta em fase nova de transformação. Acrescentei uma pequena sala que ume os outros dois espaços, criando melhor delimitação dos ambientes, preservando a simplicidade e o despojamento dos materiais. O Eremitério tem também agora uma pequena casa de criança, feita para Lara, minha sobrinha. No jardim foi feito um redario para abrigar os visitantes em seus momentos de silencio. O espaço de meditação da palavra de Deus ficou mais individualizado. Neste espaço, sagrado para mim, vivo breves momentos de partilha generosa que torna o céu se torna um agora. Nestes dias que preparamos comida para amigos seminaristas, padres, familiares, vizinhos e amigos, o pequeno se faz grande. Santa Teresinha diz: “ser santos nas pequenas coisas”. É assim que, a pretexto de comermos um pirão de galinha de capoeira, vamos chegando perto de Deus, como os primeiros Cristãos partilhando o que temos: dificuldades, alegrias, pequenas coisas agradáveis a Ele. Assim foi no natal, e nas visitas dos seminaristas do Seminário Maior e do Seminário Menor durante este ano.

Atualizado em 5/8/2008

Jardim aberto para Deus

Uma Cartografia do “Carmelo” em seus signos e símbolos. Jardim aberto da Deus é o tema e titulo de uma Exposição e Oficina que se realizara com a minha direção no Carmelo de São Cristovão - SE. Trata-se de uma operação iconológica com imagens extraídas da história do Carmelo e de seus Santos e Beatos: Medalhas, gravuras, santinhos, imagens, mapas, ex-votos, impressos em livros, passados à condição de esculturas, pinturas, assemblages, etc. Um olhar predatório que se reterá na atração mais imediata do conjunto de imagens. As pequenas obras serão realizadas em comunhão com os Noviços Carmelitas segundo minha coordenação artística para consolidar imagens de origens díspares na história do Carmelo: A cela, O Convento, O Claustro, A Regra, Os Santos e Beatos, A Devoção a São Jose e a Nossa Senhora, O Hábito . A Oficina trata da interação de planos de representação. A história do Carmelo serve a totalidade da espiritualidade que molda e é moldada pelos Carmelitas. Recorrendo aos seus códigos e símbolos na historia e no tempo inscrevo minhas próprias figuras para subverter a continuidade. O desejo de lidar com o tempo e a memória como superfície percebida como temporalidade ativa. Apresentando a estética de um tempo e um lugar correto, um convite a reflexão e ao dialogo. A cartografia é a vida no Convento. O processo de presentificacao do passado demonstrado pelo barroco dos Conventos é uma nova transparência e um sentido edificante da vida dos mártires para uma vida oculta aos olhos dos leigos. A Cela, O Claustro, A Regra, são atuais e remontam o Século XI. A pesquisa material encerra uma exploração de artefatos singelos e delicados, numa justaposição de objetos para uma montagem de “coisas” sugestivas desta espiritualidade e de seus aparatos rituais e será realizada a partir dos noviços sob mossa coordenação e olhar artístico. O fim ultimo será a comercialização das obras e os frutos deste trabalho reverterão para as obras de evangelização na África em terras de missão.

Claustro do Carmelo de São Cristóvão - SE

O Carmelo A Ordem dos Carmelitas é uma ordem religiosa católica que surgiu no final do século XI, na região do Monte Carmelo, numa cadeia de colinas, próxima à atual cidade de Haifa (antiga Porfíria), em Israel. Carmelo significa "jardim". Conta a tradição que o profeta Elias se estabeleceu em uma gruta, no Monte Carmelo, seguindo uma vida eremítica de oração e silêncio. A Regra do Carmo foi sistematizada e proposta por Santo Alberto, Patriarca de Jerusalém, aprovada pelo Papa Honório III em 1226. No século XIII migrou para o Ocidente, fugindo das invasões sarracenas. No século XVI, na Espanha, Santa Teresa D’Ávila e São João da Cruz conduziram um processo de renovação do carisma da ordem. Deste processo histórico e místico surgiram os carmelitas descalços.

Imagem de NS no Carmo Maior São Cristóvão - SE

O Escapulário

Este sinal estava constituído por uma parte significativa do hábito: capa, cordão, escapulário. Entre os Carmelitas se estabeleceu o Escapulário, em forma reduzida, como expressão de pertença a Ordem e de compartilhar sua devoção mariana. Atualmente o Escapulário da Virgem do Carmo é um sinal aprovado pela Igreja e proposto pela Ordem Carmelitana como manifestação do amor de Maria por nós e como expressão de confiança filial; Ela, cuja vida queremos imitar.

Detalhe da veste de NS do Carmo em São Cristóvão - SE

Escudo

Usar este sinal, implica estar comprometido com a vivência da espiritualidade cristã, segundo os ensinamentos dos Doutores da Igreja: Santa Teresa D'Ávila, São João da Cruz e Santa Teresinha do Menino Jesus. Este sinal representa uma pequena montanha, o monte da subida espiritual, Monte Carmelo, no cume do qual está a cruz de Cristo - o ideal do viver para a honra e glória de Deus. As três estrelas simbolizam: 1. O Profeta Elias, que viveu no Monte Carmelo, na intimidade com Deus e "zelando pela causa do Senhor dos Exércitos"; 2. Nossa Senhora, primeiro templo vivo de Deus e que soube colocar-se a serviço do Senhor e dos irmãos; 3. São José, santo do qual Santa Teresa era muito devota, que soube cuidar de Jesus e cuida também de nós. Como ele, devemos ser íntimos de Jesus e Maria.